Imagine perder vendas porque faltou matéria-prima na hora de produzir. Agora pense no contrário: um estoque cheio, parado por meses, que só drena seu capital de giro. Por esse motivo o MRP (Planejamento das Necessidades de Materiais) é tão bem-vindo.

Afinal, sem o MRP, é fácil perder dinheiro sem perceber, seja por atrasos, desperdícios ou decisões baseadas em “achismos”. Neste texto, a ideia é descomplicar o tema. Vamos conversar sobre:

Então, se você já precisou apagar incêndios na linha de produção, talvez esteja na hora de dar uma olhada mais séria nessa ferramenta. Continue a leitura!

O que é MRP?

MRP significa Material Requirements Planning, ou Planejamento das Necessidades de Materiais. Trata-se de um sistema computadorizado projetado para calcular exatamente o que, quanto e quando comprar ou produzir para atender à demanda de fabricação de forma precisa e organizada.

O objetivo central do MRP é garantir que todos os insumos, componentes e matérias-primas estejam disponíveis no momento exato em que são necessários na linha de produção. Isso evita tanto a falta de materiais, que paralisa a produção, quanto o excesso, que gera custos de armazenagem.

Para isso, o sistema se baseia em dados decisivos do negócio, como: 

  • previsão de vendas;
  • pedidos já confirmados;
  • lista de materiais de cada produto (BOM – Bill of Materials).

Com essas informações, ele gera ordens de compra e de produção de maneira automatizada, alinhando os setores de compras, estoque e produção.

Como funciona o Planejamento das Necessidades de Materiais (MRP)?

O MRP conecta diferentes áreas da empresa para garantir que a produção nunca pare por falta de insumos e que o estoque não fique cheio de itens parados. Ele utiliza dados integrados para calcular as necessidades líquidas, ou seja, a quantidade exata de materiais que precisa ser comprada ou produzida.

O sistema cruza informações sobre:

  • demanda (pedidos confirmados e previsões de vendas);
  • prazos de entrega de fornecedores (lead time);
  • níveis de inventário.

Assim, gera um plano de produção detalhado, que antecipa ordens de compra e evita gargalos que poderiam atrasar entregas ou gerar prejuízos. Esse processo automatizado substitui controles manuais, mais suscetíveis a erros e falhas. 

Veja como esse fluxo acontece em três etapas principais:

Planejamento

  • Entrada: Previsão de vendas, lista de materiais (BOM);
  • Saída: Necessidades brutas de produção.

Controle de Estoque

  • Entrada: Estoque atual e pedidos em aberto;
  • Saída: Necessidades líquidas, considerando o que já está disponível.

Execução

  • Entrada: Necessidades líquidas já calculadas;
  • Saída: Ordens de compra ou de produção emitidas.

Quais são as principais vantagens do MRP para a indústria?

A adoção de um sistema MRP traz ganhos diretos e mensuráveis para a gestão industrial. Ao otimizar o fluxo de materiais, o sistema reduz desperdícios, melhora o giro de estoque e aumenta a pontualidade das entregas, o que fortalece a reputação da empresa no mercado.

Além da redução de custos com estoque parado e da diminuição de rupturas na produção, o MRP promove um melhor aproveitamento dos recursos produtivos, como máquinas e mão de obra. E ainda, as decisões passam a ser embasadas, tornando a gestão mais estratégica e assertiva.

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Qual a diferença entre MRP I e MRP II e como eles evoluíram?

O MRP evoluiu ao longo do tempo para atender às demandas cada vez mais complexas das indústrias. O que começou como uma ferramenta focada apenas em estoques se transformou em um sistema completo de planejamento integrado.

Confira as principais diferenças!

MRP I (Material Requirements Planning)

O foco do MRP I foca no planejamento e controle de materiais e insumos. O objetivo é responder a três perguntas fundamentais:

  • O que comprar?
  • Quanto comprar?
  • Quando comprar?

Porém, o MRP I é restrito ao controle de estoques, sem considerar outros recursos produtivos.

MRP II (Manufacturing Resource Planning)

O MRP II planeja todos os recursos da manufatura, como mão de obra, máquinas e capacidade produtiva. A finalidade é integrar o planejamento de materiais com o planejamento financeiro e operacional.

Como aplicar o MRP para evitar erros e aproveitar todo o seu potencial?

Na prática, o sucesso da implementação de um MRP depende diretamente da qualidade dos dados inseridos e do alinhamento entre os setores. Erros simples, como um cadastro de produto desatualizado ou uma previsão de demanda imprecisa, podem comprometer todo o planejamento e gerar prejuízos.

Para evitar armadilhas, algumas práticas são essenciais. Manter a lista de materiais (BOM) sempre atualizada é crucial para evitar compras desnecessárias ou a falta de um componente crítico. Além disso, integrar o MRP ao controle de estoque em tempo real garante que os cálculos sejam sempre precisos.

É fundamental também treinar as equipes para que saibam interpretar os relatórios gerados pelo sistema e agir rapidamente. Um erro comum é confiar cegamente nas previsões iniciais; o ideal é revisar os planos periodicamente para ajustá-los a novas demandas ou imprevistos na cadeia de suprimentos.

4 Dúvidas frequentes sobre MRP

Ainda restam dúvidas sobre o tema? Confira as respostas para as perguntas mais comuns sobre o Planejamento das Necessidades de Materiais e sua aplicação no ambiente industrial.

1. O que significa MRP?

MRP é a sigla para Material Requirements Planning, um sistema usado para calcular e gerenciar os materiais necessários para a produção industrial, garantindo que tudo esteja disponível no momento certo.

2. MRP serve só para indústria?

Embora seja projetado para a manufatura, seus princípios de planejamento podem ser adaptados para outros setores que lidam com processos produtivos complexos e gestão de inventário.

3. Qual a diferença entre MRP e ERP?

O MRP foca especificamente no planejamento de materiais e recursos de produção. Já o ERP é um sistema mais amplo que integra todas as áreas da empresa, como finanças, RH e vendas, incluindo o MRP.

4. MRP reduz custos?

Sim, e de forma significativa. Ele otimiza os níveis de estoque, evitando excessos que geram custos de armazenagem e faltas que paralisam a produção, além de reduzir o desperdício de matéria-prima.

Como implementar MRP e transformar sua gestão industrial

Então, sua indústria ainda está presa a planilhas confusas, decisões tomadas no “feeling” e aquela corrida contra o relógio para tentar cumprir prazos? Se esse cenário parece familiar, é sinal de que chegou a hora de mudar. Nesse sentido, o MRP é o seu aliado. 

Mas existe um detalhe importante: não basta adotar qualquer sistema. O segredo está em encontrar uma solução digital, personalizada e adaptada à sua realidade, exatamente o que a Mosten oferece.

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