A governança de dados é basicamente como uma empresa organiza políticas, processos, pessoas e tecnologias para que seus dados sejam confiáveis, seguros e padronizados. Ou seja, é como ter um GPS confiável antes de pegar a estrada: sem ele, você se perde facilmente.
Isto é, pense em quantas oportunidades podem ser perdidas se uma decisão importante for baseada em dados desatualizados ou inconsistentes? Infelizmente, esse problema acontece o tempo todo em empresas sem uma governança estruturada.
Porém, com a LGPD e a necessidade de decisões rápidas, cuidar bem da informação deixou de ser opcional. Neste conteúdo, vamos conversar sobre:
- O que é governança de dados?
- Por que a governança de dados é tão importante?
- Como funciona a governança de dados?
- Glossário: quais são os termos mais comuns na governança de dados?
- Quais são os principais desafios e soluções em governança de dados?
- Como implementar governança de dados na sua empresa?
- 4 Perguntas frequentes sobre governança de dados
Esperamos que você tenha uma boa leitura. Conte conosco!
O que é governança de dados?
Governança de dados significa estruturar políticas, processos e responsabilidades para os dados serem confiáveis, seguros e úteis. Ela estabelece um conjunto de regras e padrões para o ciclo de vida da informação, assegurando que cada etapa seja gerenciada de forma controlada e estratégica.
Para funcionar bem, a governança de dados integra áreas como negócio, jurídico e compliance para criar uma visão unificada. O objetivo é consolidar uma cultura data-driven, em que as decisões em todos os níveis da organização são consistentemente baseadas em dados de alta qualidade.
Assim, é possível ter vantagem competitiva clara e sustentável no mercado. Para esse processo acontecer, governança de dados atua em frentes específicas:
- define responsabilidades claras – quem cuida, revisa e usa os dados dentro da empresa;
- estabelece regras de uso e acesso – garantir que os dados sejam usados de forma segura e adequada;
- organiza os dados de forma prática: deixar mais fácil encontrar, entender e usar as informações;
- segue a legislação – cumpre leis como a LGPD para proteger dados de clientes e funcionários.
Algumas das atividades mais comuns na governança de dados incluem:
- criar comitês de governança para discutir e alinhar decisões sobre os dados;
- implementar políticas de acesso e uso para proteger informações sensíveis;
- monitorar a qualidade dos dados de forma contínua;
- automatizar controles e auditorias para reduzir erros e retrabalho.
Por que a governança de dados é tão importante?
Sem uma governança de dados bem estruturada, empresas operam no escuro. Afinal, os dados ficam fragmentados, aumentam os riscos de multas por não conformidade e decisões estratégicas podem acabar sendo baseadas em achismos.
Por outro lado, quando você implementa uma estrutura de governança, todo esse contexto muda: as informações passam a ser confiáveis, precisas e acessíveis para quem precisa delas.
Além disso, uma boa governança ajuda a proteger a empresa contra ciberataques, cada vez mais sofisticados, e facilita a integração entre sistemas antigos e novas tecnologias.
Tenha em mente que o Brasil está entre os países mais visados por ataques digitais, sendo o vice-campeão mundial, conforme o Panorama de Ameaças para a América Latina 2024. Logo, com a governança de dados, você inova sem perder o controle sobre os ativos de informação mais valiosos.
Para você entender melhor a importância da governança de dados, confira um resumo dos benefícios diretos da governança de dados:
- evita multas por não conformidade – LGPD, GDPR e outras regulamentações;
- reduz falhas operacionais – menos retrabalho e processos mais eficientes;
- facilita auditorias e rastreabilidade – informações sempre organizadas e acessíveis;
- impulsiona a eficiência operacional – decisões mais rápidas e fundamentadas.
Além disso, a importância da governança de dados no setor público é enorme. Cada órgão e entidade terá que designar um responsável pela gestão dos dados em até 60 dias após a publicação do decreto sobre Política de Governança e Compartilhamento de Dados.
Como funciona a governança de dados?
A governança de dados se apoia em 3 pilares:
- Pessoas;
- Processos;
- Tecnologia.
Cada um deles tem um papel importante. No dia a dia, isso significa definir claramente:
- quem pode acessar ou alterar determinados dados;
- usar ferramentas que ajudam a monitorar, padronizar e auditar as informações.
Entenda!
Pessoas
Por exemplo, Data Steward (a pessoa responsável por cuidar da qualidade e do uso correto dos dados na organização) define padrões de cadastro e classificação de informações. Isso se reflete em menos erros, menos retrabalho e informações mais confiáveis.
Processos
Os processos envolvem, por exemplo, políticas claras de acesso a dados sensíveis e rotinas de revisão. Desse modo, a empresa pode ter mais segurança e conformidade, com processos mais organizados.
Tecnologia
Um modo de aplicar o pilar de tecnologia na governança de dados é por meio de catálogo de dados integrado a sistemas internos (ERP, CRM etc.). Assim, é possível ter informações consistentes e disponíveis para decisões estratégicas


Glossário: quais são os termos mais comuns na governança de dados?
É importante entender alguns dos termos técnicos mais comuns que sustentam a governança de dados no dia a dia. Afinal, essas ferramentas são a base para organizar e dar sentido ao universo de informações de uma empresa. Confira alguns dos termos mais frequentes:
- Catálogo de dados – funciona como um inventário centralizado, uma lista organizada de todos os ativos de dados disponíveis na empresa;
- Dicionário de dados – define o significado, o formato, a origem e as regras de negócio de cada dado, garantindo que todos falem a mesma língua.
- Linhagem de dados – oferece um mapa visual que mostra todo o caminho do dado, desde a sua origem até o seu uso final.
Quais são os principais desafios e soluções em governança de dados?
A jornada para implementar uma governança de dados robusta apresenta obstáculos significativos. Entre eles:
- falta de engajamento das áreas de negócio – equipes de negócio resistem a novas políticas por medo de perder agilidade ou autonomia, por exemplo;
- dificuldade em padronizar dados de diferentes fontes – garantir a qualidade e a padronização de dados em ambientes complexos, que misturam ERPs tradicionais e soluções em nuvem, exige um esforço coordenado;
- desconhecimento sobre ferramentas e metodologias que podem evitar a criação de novos silos de informação.
Como superar a falta de conhecimento técnico na governança de dados?
Se você vem de áreas como direito, administração ou marketing, não se preocupe: a governança de dados é uma das portas de entrada mais estratégicas para o setor de tecnologia. O mais importante não é saber programar, mas sim, dominar estratégias de:
- organização;
- comunicação;
- pensamento crítico;
- conhecimento regulatório.
Para profissionais de negócio, o foco deve estar em:
- entender os princípios de gestão da informação e os frameworks de governança para estruturar processos e políticas;
- conectar as necessidades da empresa às soluções tecnológicas para ser o elo entre áreas de negócio e tecnologia;
- busque conhecimento regulatório: LGPD e normas de segurança são diferenciais importantes
Em muitos casos, conseguir traduzir requisitos de negócio para equipes técnicas é mais valioso do que escrever uma linha de código.
Como implementar governança de dados na sua empresa?
Dar os primeiros passos na governança de dados pode parecer desafiador, mas começar com clareza faz toda a diferença. O ponto de partida é:
- mapear os dados mais importantes – identifique informações que realmente influenciam decisões estratégicas para entender quais dados são críticos para a operação;
- criar um comitê de governança de dados – envolva líderes de diferentes áreas para fortalecer engajamento;
- definir políticas claras de acesso e uso adequadas ao porte e à maturidade da sua empresa – garanta segurança e compliance;
- implementar ferramentas de monitoramento e automação – facilite o acompanhamento contínuo e reduza erros
Para entender melhor, você pode conferir cases reais de sucesso de transformação digital que mostram o impacto da governança de dados.
4 Perguntas frequentes sobre governança de dados
Vamos esclarecer os principais pontos para você entender melhor como aplicar a governança no dia a dia. Acompanhe!
– Invista em cursos de fundamentos de dados;
– participe de projetos internos;
– foque em desenvolver suas habilidades de organização, comunicação e conhecimento de compliance.
– A programação não é um pré-requisito obrigatório para iniciar na área e agregar valor.
O catálogo de dados atua como um inventário que lista os dados disponíveis. O dicionário define as regras técnicas e formatos de cada dado. Já o glossário de negócios explica os termos de forma acessível para todas as áreas da empresa.
A governança de dados garante que os dados mestres (clientes, produtos, fornecedores) dentro do SAP estejam corretos, padronizados e auditáveis. Isso é importante para reduzir erros em processos de negócio, como faturamento e logística, e garantir a integridade das operações.
O comitê de governança de dados deve ser multidisciplinar, incluindo representantes de TI, das principais áreas de negócio e do jurídico. Além disso, é importante nomear um responsável (CDO ou Data Steward) para liderar as iniciativas e garantir que as decisões sejam implementadas.
Como aproveitar a governança de dados para tomar decisões mais inteligentes
Conforme mencionado, a governança de dados, hoje, é essencial para quem quer competir de verdade. Assim, começar garantindo decisões mais seguras, reduzindo riscos e aumentando a eficiência é só o começo. O impacto maior aparece quando você transforma seus dados em um ativo estratégico.
Então, e se a sua empresa pudesse confiar totalmente nos próprios dados e usá-los para gerar resultados concretos? Converse com um especialista da Mosten e descubra como uma abordagem personalizada em governança de dados pode destravar o potencial do seu negócio!

