Sabe quando você passa meses desenvolvendo um sistema e, no final, ele simplesmente não resolve o problema do cliente? Na maioria das vezes, isso acontece porque os requisitos funcionais e não funcionais foram ignorados ou mal definidos.
Logo, entender como documentar e validar esses requisitos é o que separa um projeto que dá certo de um que só gera retrabalho caro e frustração. No texto de hoje, mostraremos como identificar, diferenciar e aplicar esses requisitos de forma prática.
Continue a leitura e confira os seguintes tópicos:
- O que são requisitos funcionais e não funcionais?
- Quais são as diferenças práticas entre requisitos funcionais e não funcionais?
- Como levantar e documentar requisitos de software?
- Como garantir clareza na documentação de requisitos?
- Quais são os erros comuns e impactos de requisitos mal definidos?
- Como garantir validação e sucesso do projeto com requisitos funcionais e não funcionais?
- 4 Perguntas frequentes sobre requisitos funcionais e não funcionais
O que são requisitos funcionais e não funcionais?
Requisitos funcionais e não funcionais são especificações que servem como a planta de um projeto de software. Eles detalham o que o sistema deve fazer e como deve operar, garantindo que a entrega final esteja alinhada às expectativas do negócio e às necessidades dos usuários.
Isto é, os requisitos funcionais descrevem as funções, ações e comportamentos específicos do sistema, como login, cadastro de produtos ou geração de relatórios. Já os não funcionais definem os atributos de qualidade, como desempenho, segurança, disponibilidade e usabilidade.
Em outras palavras, os requisitos funcionais são “o quê”, enquanto os não funcionais são “como”.
Quais são as diferenças práticas entre requisitos funcionais e não funcionais?
A diferença entre os tipos de requisitos define o escopo do desenvolvimento e dos testes. Requisitos funcionais tratam das funcionalidades diretas que o usuário irá interagir, enquanto os não funcionais garantem a qualidade e a robustez da experiência como um todo.
Para ilustrar como cada um impacta o projeto, veja os exemplos a seguir:
Tipo | Exemplo | Impacto |
Funcional | Usuário pode gerar relatório de vendas | Permite análise de resultados |
Não funcional | Relatório deve ser gerado em até 3 segundos | Garante agilidade e satisfação |
Funcional | Permitir cadastro de clientes | Expande base de dados |
Não funcional | Dados devem ser criptografados | Protege informações sensíveis |
Ignorar os requisitos não funcionais pode resultar em um sistema que, embora execute suas funções, é lento, inseguro ou instável. Essas diferenças afetam a validação do projeto, a estratégia de testes e, principalmente, a percepção de valor pelo usuário final.
Como levantar e documentar requisitos de software?
O levantamento de requisitos é o ponto de partida para evitar retrabalho e garantir que o sistema atenda às necessidades do negócio. Um processo bem estruturado de análise de requisitos é fundamental para traduzir as expectativas do cliente em especificações claras para a equipe técnica.
Para documentar requisitos funcionais e não funcionais de forma eficiente, siga estas etapas:
- converse com todos os envolvidos (clientes, usuários, TI) para obter diferentes perspectivas;
- liste as funções essenciais que o sistema precisa executar e as restrições de qualidade;
- use perguntas diretas: “O que o sistema deve fazer?” para os funcionais e “Como ele deve funcionar?” para os não funcionais;
- defina métricas claras e mensuráveis para requisitos não funcionais, como tempo de resposta em segundos ou percentual de disponibilidade.
A documentação deve ser centralizada em um formato acessível a todos, como planilhas, wikis ou ferramentas de gestão de projetos. Assim, ela serve como uma fonte de consulta durante todo o ciclo de vida do desenvolvimento de software.
Como garantir clareza na documentação de requisitos?
Agora que você já sabe como levantar os requisitos, o próximo passo é garantir que todos os envolvidos, da área de negócio à equipe de desenvolvimento, tenham o mesmo entendimento sobre o que foi definido. Logo, a clareza na documentação é o que evita ambiguidades e desalinhamentos.
Para isso, utilize exemplos práticos, fluxogramas e casos de uso para ilustrar cada requisito. Essas ferramentas visuais ajudam a materializar as especificações, o que facilita a comunicação entre áreas técnicas e de negócio e garante que a visão do produto seja compartilhada por todos.
Quais são os erros comuns e impactos de requisitos mal definidos?
Negligenciar ou simplificar a análise de requisitos é um dos principais motivos de falha em projetos de software. Isto é, essa etapa é crítica e sua má execução leva a consequências severas para o cronograma e o orçamento.
Além disso, veja os erros mais frequentes e seus impactos diretos no projeto:
- não envolver os usuários finais no levantamento, resultando em um sistema que não atende às suas reais necessidades;
- definir requisitos genéricos ou sem métricas claras, o que impossibilita a validação e os testes;
- faltar uma validação formal com o cliente antes de iniciar o desenvolvimento, gerando desalinhamento de expectativas;
- desconsiderar requisitos não funcionais críticos, como segurança e desempenho, que comprometem a viabilidade do sistema.
Como garantir validação e sucesso do projeto com requisitos funcionais e não funcionais?
Para garantir que os requisitos funcionais e não funcionais sejam cumpridos, é fundamental adotar um processo de validação contínua. Isso envolve testes rigorosos e revisões constantes com todas as partes interessadas, desde o início até a entrega final do projeto de software.
Confira algumas práticas recomendadas para aumentar as chances de sucesso:
- revisar os requisitos documentados com todas as áreas envolvidas para garantir um entendimento comum;
- testar tanto as funcionalidades quanto os atributos de qualidade, como tempo de resposta e segurança;
- manter a documentação de requisitos atualizada sempre que houver mudanças no escopo do projeto;
- registrar os aprendizados e os resultados dos testes para otimizar projetos futuros.
A implementação de um ciclo de feedback constante e o uso de ferramentas de gestão e automação de testes facilitam o acompanhamento e a validação.
Transforme seus projetos de software com requisitos bem definidos
Já imaginou investir meses em um projeto de software apenas para perceber que ele não entrega o valor esperado? Isso acontece quando requisitos funcionais e não funcionais são ignorados ou mal documentados. Mas há uma saída: entender, aplicar e validar cada requisito com precisão.
Na Mosten, ajudamos empresas a transformar desafios complexos em soluções digitais eficientes. Da concepção à entrega, nossa equipe domina a análise de requisitos para que a tecnologia trabalhe a favor do seu negócio.
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4 Perguntas frequentes sobre requisitos funcionais e não funcionais
Listamos as dúvidas mais comuns sobre o assunto. Acompanhe!
Os principais tipos são:
– requisitos funcionais, que descrevem as funções do sistema;
– não funcionais, que definem seus atributos de qualidade (como desempenho e segurança);
– domínio, que especificam regras de negócio particulares ao contexto em que o software será utilizado.
Para medir requisitos não funcionais, é essencial definir métricas objetivas e quantificáveis. Por exemplo, o desempenho pode ser medido pelo tempo de resposta em segundos, a disponibilidade por um percentual (99,9%) e a capacidade pelo número de acessos simultâneos suportados.
O analista de requisitos, também conhecido como analista funcional, atua como uma ponte entre a área de negócio e a equipe de TI. Sua função é levantar, documentar, analisar e validar as necessidades do cliente para garantir que o sistema a ser desenvolvido atenda aos objetivos estratégicos.
Eles são críticos porque afetam diretamente a experiência do usuário, a segurança dos dados e a confiabilidade da operação. Um sistema pode ter todas as funcionalidades corretas, mas se for lento, instável ou vulnerável, seu valor para o negócio é praticamente nulo, determinando o sucesso ou fracasso do projeto.